Paulo mostra como as criaturas
se fizeram sujeitas à vaidade. Mas o tempo virá quando serão libertadas, como
Isaías o testifica (Is 65.17) e Pedro ainda mais claramente o confirmar (2Pe
3.13).
É preciso que consideremos
agora quão terrível é a maldição que temos merecido, já que todas as criaturas
inocentes da terra e do céu são punidas por nossos pecados: “Na esperança de
que a própria criação será libertada do cativeiro da corrupção” (Rm 8.21). A
culpa é nossa se lutam em sujeição à corrupção. A condenação da raça humana é
por isso impressa nos céus e na terra e em todas as criaturas.
Além disso, esta passagem nos
revela a que imensurável excelência de glória os filhos de Deus deverão ser
exaltados, e todas as criaturas serão renovadas a fim de magnificar e declarar
seus resplendor.
A intenção de Paulo não é
ensinar que todas as criaturas serão participantes da mesma glória com os
filhos de Deus, mas que participarão, a seu próprio modo, de um estado
muitíssimo superior, visto que Deus restaurará o presente mundo degenerado a
uma condição de perfeição em concomitância com a raça humana. Não é conveniente
e tampouco correto inquirir com excessiva curiosidade sobre a perfeição que é
evidenciada pelos animais , plantas e metais, visto que a parte principal da
corrupção é a decomposição.
Alguns comentaristas, tão
sagazes quanto desequilibrados, perguntam se todas as espécies de animais serão
imortais. Se dermos livres rédeas a tais especulações, aonde finalmente nos
levariam? Portanto, contentemo-nos com esta simples doutrina:sua constituição
será tal, e sua ordem tão completa, que não se verá nenhuma aparência de
deformidade ou de passageiro.
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